Esta receita chamou-me a atenção por ser com a utilização das bananas inteiras, quase sem desperdício.

Pudim de banana não seria a minha primeira escolha enquanto sobremesa, no entanto a ideia de combater o desperdício das cascas da fruta é algo que me interessa. Gosto de desperdiçar o mínimo possível, infelizmente, ainda não consigo fazer compostagem em casa.

A minha avó viveu muitos anos em África, de lá trouxe o gosto pelas frutas tropicais.

Acho que isso passou foi passando nos nossos genes que eu gosto de todas! 

Mas há uma coisa que eu sempre me lembro de a minha avó adorar, a bela da Goiabada.

Não gosto de desperdício.

Não gosto de deitar comida para o lixo, fico sempre com aquele sentimento de culpa, tantas pessoas a morrer à fome e eu a desperdiçar comida.

O pão é um problema.

Sim , leram bem. É este o nome desta sobremesa.

Não sei se, realmente, é o que os desempregados no Canadá comem como sobremesa, se for quase que quis ser uma desempregada lá, de tão bom que este pudim/bolo é.

Imaginem uma camada de bolo, que é coberta por um creme de sabor de caramelo, mas que depois se mistura na massa, criando diversas texturas, entre as quais uma crosta super crocante e estaladiça.

A tradução para pudins não é a mais correcta, para mim, são uns bolos fofos, que com a calda ficam deliciosamente húmidos.

A laranja consegue trazer doce, frescor e ácido ao mesmo tempo.

As natas batidas adicionam cremosidade e, como quase não levaram açúcar, ajudaram a "cortar" o doce.

O pudim de ovos não pode faltar nas reuniões familiares.

Para tentar compensar este afastamento forçado e ter aquele gostinho de casa saiu um pudim! 

A receita da minha Avó Maria é simples, a mesma medida de leite, de ovos e de açúcar e a casca de meio limão.

Mas para não variar vou fazer à minha maneira.