Esta receita surgiu da necessidade de aproveitamento.

Tinha batatas e bacalhau cozido, que haviam sobrado de um jantar de família, que não queria descartar, de forma alguma.

As batatas vieram para serem transformadas em puré ou em sopa, ainda havia o bacalhau, que aquecido perde metade da graça.

Surgiu esta versão, que já fiz outras vezes, quer como aproveitamento quer de raiz.

Lembram-se quando disse que não gostava de sobremesas com muitos ovos e açúcar?

Não foi bem verdade, há uma excepção para estes meninos aqui.

Os quindins fazem-me muito feliz, até porque como apenas um, acompanhado do meu café, sem açúcar. Perfeito!

Aliás é um dos truques quando as sobremesas são mais doces, acompanho sempre com café. Esta combina mesmo bem.

A receita que o JD me pediu mais para a Páscoa foi esta. Mandou-me um vídeo publicitário de uma pastelaria no norte, sem receita.

Andei a pesquisar e percebi que a componente regional muda a base desta receita. Mais para o Norte a base é com pão de ló, no Alentejo a base é com pão.

Queria uma receita simples, similar à que ele me tinha mostrado, pelo que usei esta receita de Pão de Ló e usei a do Doce de Ovos, que partilhei na segunda-feira.

Sou de Alcobaça, apesar de não ser apreciadora de doces conventuais (uma afronta às gentes da minha terra), tenho uma família que gosta muito!

Se para mim, são demasiado doces e têm demasiados ovos, para o resto da família quanto mais ricos e mais doces melhor!

O meu sogro é da zona de Aveiro, os ovos moles são das sobremesas que eles mais gostam (JD e irmã incluída).

As escolas reabriram na segunda-feira passada.

Por um lado estava desesperada por esse momento, a minha sanidade mental necessitava de um retomar à "normalidade", se é que isso ainda existe. Por outro, custa-me, sempre, deixar de ser mãe a tempo inteiro, mesmo com muitas birras à mistura e já estando com as doses de paciência na reserva.

Sou uma cuidadora, no sentido de gostar de cuidar dos que me rodeiam, de mimar, de nutrir, corpo e alma. Esse meu lado toma proporções maiores quando se trata dele.

Mais uma vez não houve Páscoa em família.

A Pandemia "roubou-nos" mais este momento de união e de partilha, mas este ano resolvi que me ia sentir mais próxima de casa.

Encomendei cabrito, para não passar o dia na cozinha, que seria o almoço de Páscoa e pelo qual já andava a salivar desde o Natal.

O mini agora, na maioria dos dias, não quer iogurte ao lanche.

Procuro ir variando nos lanches que lhe vou dando para não acabar a comer pão e fruta.

Os egg muffins são uma solução saudável e que ele aprecia (e nós também).

Adoro pastéis de feijão.

Os melhores, para mim, são os do Bigodes, na Benedita.

Com uma massa estaladiça, um recheio húmido e aquela crosta por cima, perfeitamente, caramelizada.

Tem estado imenso calor, a casa está tão quente que o ar condicionado não consegue dar conta, por isso deixamos as janelas abertas e aproveitamos os fins de tarde para o petiz correr e brincar na rua.

Acabamos por regressar quase à hora de jantar, privilegiando os jantares rápidos e aqueles que garantam mais do que uma refeição, principalmente, os almoços do dia seguinte.

Ontem foi um dia muito feliz! Foi um dia de reencontros, uns de alguns meses, outros de alguns anos.

Apesar de ter faltado aquele abraço apertado, de ter ficado com um nó na garganta à conta disso, foi tão bom rever pessoas tão queridas, que por mais anos que passem estarão sempre no coração.

Pelo meio, um aniversário de casamento, com comida boa e uma sobremesa que ajudou a celebrar este dia tão feliz.