Brigadeiros.

Provei brigadeiros pela primeira vez, talvez há uns 10 anos. Foi doce que nunca me chamou à atenção.

A primeira impressão foi de uma plasticina doce e enjoativa, que demorei a voltar a experimentar, e foi mais por cortesia do que por vontade.

Percebi depois que quanto mais firmes, mais apelativa era a textura, sabores fortes cortavam, em parte, o açúcar. Chocolate negro, maracujá e limão tinham sido os mais interessantes.

Quando estive no Brasil, tentei absorver o máximo possível da sua cultura e das suas gentes.

Se há coisa que diz muito sobre um povo é a sua gastronomia, e esta é uma cultura bem rica e diversificada.

A fruta era mais doce, mais colorida e mais fresca que nunca. Provei frutos que nem sabia que existiam.

As refeições principais eram tão ricas e saciantes, que poucas vezes senti fome entre as refeições. Num dos dias em que senti essa necessidade, entrámos numa padaria e provámos os salgadinhos mas, também, os famosos quindins, com coco fresco. E são um nível acima de todos os que já tinha provado.

Lembram-se quando disse que não gostava de sobremesas com muitos ovos e açúcar?

Não foi bem verdade, há uma excepção para estes meninos aqui.

Os quindins fazem-me muito feliz, até porque como apenas um, acompanhado do meu café, sem açúcar. Perfeito!

Aliás é um dos truques quando as sobremesas são mais doces, acompanho sempre com café. Esta combina mesmo bem.

O bolo de arroz é aquele bolo icónico, que acompanhou a infância de toda uma geração dos anos 70/80/90.

Apesar de já ter feito a receita de bolo de arroz do Cookidoo, e ter gostado, não é o meu tipo de bolo (demasiada manteiga e açúcar, demasiado seco).

Há umas semanas comecei a seguir um perfil de Instagram de uma bela jovem brasileira, chamada Rená Júlia, que se mudou para a roça, e que estava a limpar e arranjar a casa onde ia morar.

Na semana antes da Páscoa partilhou esta receita e, ainda bem, tive de experimentar.

Depois de uma série de receitas asiáticas, eis que chega a série Brasil! 

Gosto de programas de culinária, gosto (vamos ver se com o novo júri vou continuar a gostar) do Masterchef Austrália e do Brasil. Gosto da forma genuína como olham nos olhos dos concorrentes, sem serem petulantes e mal educados.

Gosto da forma como transmitem sabedoria e da forma graciosa como partilham receitas, como ensinam as manhas, como partem a louça toda e depois ajudam a apanhar os cacos.