A minha sogra deu-me um saco gigante de limões.

Entre limonadas e muito chá de limão com gengibre, continuava a ter muitos limões em casa.

E limão é sinal de Lemon Curd! Aproveitei para fazer um dose mais generosa, que vai cobrir uma maravilhosa Pavlova no fim de semana. 

Provei estas bolachas pela primeira vez há uns 16 anos, quando passei o Natal na Alemanha.

Nunca mais pensei nelas até encontrar uma versão à venda num supermercado germânico.

Sabem quando comem algo que Vos remete, de imediato, para a Vossa infância ou para um momento específico da Vossa vida? Estas bolachas fizeram isso comigo.

São umas bolachas super aromáticas, meio elásticas, meio fofinhas, com uma capa de açúcar fininha e crocante. Adoro!

As Gingerbread Cookies, ou bolachas de gengibre em português, fazem parte do meu imaginário infantil, dos filmes de Natal que nos eram "vendidos" por Hollywood.

Acho que há todo um universo mágico no Natal dos EUA, mesmo que o Natal nem seja uma data muito importante para eles, têm aquelas decorações grandiosas, cheias de luzes, os filmes e estas bolachas! 

Este ano, queria mesmo fazer esta receita mas queria fazer a receita correcta. O problema é que já tinha comido várias, todas diferentes e com texturas tão distintas que não sabia bem o que deveria reproduzir.

Já começaram os jantares de Natal e as trocas de presentes/lembranças entre amigos, pelo que comecei já a distribuir os cabazes pela família e amigos. O primeiro foi oferecido logo no dia 1 de Dezembro.

Este ano reduzimos, em muito, o número de presentes que vamos oferecer e tentámos ao máximo oferecer experiências em vez de objectos.

Há uns meses comprei as formas para fazer esta árvore de Natal, a ideia de surpreender o mais novo era gira (sei que já é antiga mas eu faço porque gosto e não porque é trend).

Inicialmente, ia utilizar a receita de bolachas de manteiga que já partilhei aqui mas nesse dia, um dos blogs que mais gosto, partilhou uma receita de bolachas de chocolate que me chamou a atenção.

Vamos experimentar, claro!

A Tia Lena era minha Tia Avó.

Sabem aquelas tias de sorriso aberto, sempre com uma palavra de carinho, por mais difícil que estivesse a ser a sua vida? A minha tia era assim. Podia ter mil problemas mas nunca deixou que a toldassem ou que perdesse a gentileza perante os outros. Na verdade, até ao fim dos seus dias, nunca deixou de se preocupar com os outros. 

Claro que tinha de ter memórias relacionadas com comida também!

No sábado fui às compras com o mais que tudo e ele ia comprar salame de chocolate, daquele industrial.

Ia, porque eu retirei-o mais depressa do que ele o colocou, com a promessa de que lhe fazia salame em casa, com menos açúcar, sem corantes e conservantes.

Como há promessas que são para cumprir, no domingo fiz salame de chocolate, tradicional para ele, com um twist para mim. Ou melhor dois, por isso é que a receita é 1x3, não é uma tentativa de referência futebolista falhada, é mesmo uma (1) receita base e três (3) resultados diferentes.

Estas devem ser as bolachas mais fáceis de sempre.

Levam dois ingredientes, ficam super bonitinhas, não levam uma grama de açúcar e, a quem importar, são gluten free!

Esta receita surgiu num dia em que me sobrou batata doce laranja cozida.

Como tenho de enviar pequenos reforços para o Colégio do mini, resolvi dar-lhe um novo propósito.

Sabem aquelas receitas super decadentes?

Esta é uma delas.

Uma base de bolacha amanteigada e crocante, com um cremoso Molho de Caramelo Salgado coberto por uma levíssima ganache de chocolate e creme de coco. Por cima ainda leva flocos de flor de sal.

Para mim, Natal é sinónimo de família, de barulho e confusão, de muita comida e de ainda mais sobremesas (a norma é de quase uma sobremesa por pessoa, apesar de todos os anos dizermos que no ano seguinte não vai ser assim).

Os presentes são para as crianças mas acho que todos gostamos de receber, nem que seja um miminho. Por isso, costumo oferecer sempre uma lembrança aos tios e aos amigos mais chegados.